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29 de ago. de 2009

#MundoMelhor: Arte em canudinho

Alguns restaurantes e cafés eco-conscientes nos EUA oferecem canudos biodegradáveis para seus clientes, mas a maioria ainda oferecem o velho canudinho de plástico, onde muitas vezes acabam nos lixões e poluindo nosso ecossistema. Foi pensando nisso que o designer Scott Jarvie criou coloridas luminárias, baseadas nas características das árvores.

 

A luminária funciona melhor com canudos não mastigados, porém usar os que acabam no lixo ao fim do dia é mais útil.

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26 de ago. de 2009

#MundoMelhor: Artes plásticas e Ecologia

Os sacos marrons que fast foods onde Mc Donald’s, Burger King e Bob’s embrulham seus lanches estão com os dias contatos no lixão. No meio de uma arte que parecia impossível, o artista plástico Yuken Teruya consegue transformar os gordurosos papéis em belas e delicadas árvores de papel.

Na série “Floresta”, Teruya corta em um lado a forma da árvore e dobra fazendo um diorama para quem vê o que tem dentro do saco de papel.  Segundo o artista, o diorama destina-se a olhar como uma verdadeira árvore posicionada contra as sombras de outras árvores em uma floresta. Em outras palavras, Teruya recupera sacos de papel de volta para o que eram - árvores.

 

Conhece algum designer, artista plástico ou empresa ecologicamente responsável? Deixa nos comentários a sua experiência!

Galochas sim, por quê não?

Adoro galochas e inspirada pela chuva que caiu ontem, fiz uma pesquisa minuciosa sobre as existentes e qual as melhores.

Além das já conhecidas galochas da Burberry, que fizeram sucesso no ano passado, a Shuella é conhecida nos EUA como “guarda chuva de sapato”. Achei o máximo!

Com a Shuella dá pra usar qualquer sapato por baixo (indico tênis e após chegar em um lugar seco, seu salto 15), deixando seu visual diferente, confortável e SECO.

Meu maior trauma quando criança e já na fase adulta é sentir muito frio nos pés, ao menor sinal de umidade e com a Shuella dá pra sentir que não sofrerei desse problema. Ela é uma bota de chuva diferente e é uma excelente sugestão pra quem adora galocha, mas detestam passar o dia  todo com elas. O preço lá na terra do Tio Sam é de US$50 e o shipping internacional é GRÁTIS!

 Shuella – Your Shoe Umbrella

Vou já, já me jogar!!! Adorei!

20 de ago. de 2009

Dica de viagem: Curitiba!

Estou enamorada! E de presente ganhei um fim de semana maravilhoso em Curitiba.

Não sei nada – além do óbvio – sobre o Sul e, novamente, me vi em sites de busca pra saber sobre pontos turísticos, baladas, bares, hospedagem, ou seja, o custo médio que essa viagem pode trazer.

Curitiba

Logo na saída do aeroporto, você vê uma linha de microônibus (assim como no Rio) que faz o trajeto direto Aeroporto – Rodoviária. O mais bacana é que tem um site onde aparecem TODOS os horários do mesmo, em dias úteis ou não e tempo estimado do trajeto, além de outros pontos de embarque, o que faz você se programar melhor. Meu ponto será o final, a 400 metros(4 minutinhos) do local onde me hospedarei.

- Hospedagem: Não sou fresquinha, não sou fã de hotéis. Não sei… acho impessoal. A melhor solução pra isso (e pro bolso também) é se hospedar em Hostel. A história do Hostel vem de longo tempo, dos caroneiros, mochileiros, e é a melhor $$ opção de viagem. Existem alguns que têm até quarto separado, sem ser mixto, o que de fato é melhor… detesto dormir com gente me olhando. No Orkut achei uma comunidade bacana, com mochileiros falando dicas boas sobre hostels e foi lá que descolei esse! Pelo módico preço de 53 reais dinheiros, pago uma diária num quarto de casal espaçoso, com banheiro próprio, café da manhã, conforto e tenho as melhores dicas sobre a cidade com o pessoal que trabalha por lá.

- Turismo: Uma coisa que eu achei muito legal é a linha de turismo de Curitiba. Por $16 vc faz um city tour com aqueles ônibus duplex, estilo sightseeing, sabe? Todo verdinho, lindo. Com esses $16 você tem direito a 4 desembarques, o que pra mim é bem vantajoso, já que nem todos pontos turísticos me agradaram. Estou ansiosa pra passear no Jardim Botânico, Museu Niemeyer, Opera de Arame e a Rua 24hs.

- Noitada: Por sorte uma amiga minha foi a Curitiba e me deu uma dica deveras valiosa: Bar do Alemão! Esse bar levou 5 selos do melhor chope da cidade, então já imagina, né? Adoro as iguarias alemãs e pretendo ir pra lá na própria sexta, quando chego.

É nele que tem o famoso “submarino”, caneco de chope com um canequinho de steinhaeger mergulhado na bebida. Como os clientes costumavam levar "discretamente" o copinho para casa, os donos mandaram fazer as miniaturas - e oficializaram o suvenir. No fundo tem até a bem humorada inscrição: "Este caneco foi roubado honestamente".

- O dia do adeus: Todo domingo é triste. Ainda mais quando você vai para um lado e seu amado pra outro. Como quase toda cidade, em Curitiba também tem uma feirinha dominical! Adorei a idéia pra comprar souvenirs e articular com locais hihi. A Feirinha do Largo, além de ser ótima para comprinhas, tem muitos barzinhos e restaurantes típicos da cidade. Com anos de tradição a Feirinha do Largo é até instituicionalizada e mantém um site com expositores, história e curiosidades.

Espero curtir muito minha estadia!!! Se você já passeou, deixa um comentário. Queria fazer passeios mais alternativos, mas não achei… :(

Até a próxima!

Marc Jacobs: Miss Piggy ahaza!

Sempre que vejo algo relacionado ao Muppets Show me dá uma certa nostalgia. Eles, junto com os Ursinhos Carinhosos, fizeram parte da minha infância! Ontem bisbilhotei por aí que a Macy’s fez um mega evento beneficente onde a Miss Piggy foi a musa inspiradorade Marc Jacobs!

As roupas de Piggy sempre foram um sucesso, desde os anos 70. Sua primeira figurinista, Calista Hendrickson, também fazia looks para Joan Crawford.

Na época, Hendrickson disse que queria privilegiar as formas cheias de volúpia da personagem. “Pessoas dizem muito sobre elas com suas roupas”, explicou numa entrevista nos anos 80. “E Piggy gosta de ser o centro das atenções”. Por isso, seu look terminava sendo sempre exagerado, mesmo que ela estivesse usando delicados florais. O importante era ser "over".

 
Desta vez não foi diferente. Afinal, a combinação - um look romântico - era uma saia xadrez com transparências e blusa pink, duas peças que fazem parte da coleção de inverno de Marc Jacobs.

“Marc Jacobs é moi designer. Estou usando um original Marc Jacobs. E para falar a verdade, estou fantástica nele. Obrigada, Marc”, "disse" Piggy, em entrevista a um jornal local, o Pionner Press.  Já ao site Stylelist, ela falou sobre moda. Seus ícones são Greta Garbo, Bette Davis e Beyoncé
Mas, na hora de escolher um estilista preferido, desconversou. “Seria indelicado falar. Eu adoro todos. Mas escolher um seria ofender os outros e ficar sem as roupas que ganho de graça!” E o que será que ela acha da ditadura da magreza das modelos? “Para moi, menos nunca é mais. Mais é mais e com moi você tem mais”.
Na exposição, estão imagens que mostram a porca vestindo uma look Prada com penas,  um quimono Jason Wu e ainda imitando Claudia Schiffer num anúncio da Guess Jeans. A exposição também mostra roupas que foram inspiradas no programa de TV.
Em março deste ano, por exemplo, o estilista Jean-Charles de Castelbajac apresentou uma coleção com os personagens. Eles estão nas estampas de casacos (ao lado) e também em vestidos e echarpes. Lady Gaga já foi vista usando as roupas, exageradas e divertidas como o próprio programa.

Adorei!! Essa nêga ahazou!!!

Imagens: Globo.

6 de ago. de 2009

MAC deixa NY Fashion Week

Eu adoro maquiagem, apesar de não ser profissional e nem gastar rios de dinheiro com isso, me viro no que dá. Vi essa notícia no site Terra e me chocou um pouco. Como assim que a MAC deixou o Fashion Week NY?

“ A marca de cosméticos MAC, um dos principais patrocinadores da Mercedes-Benz Fashion Week, a semana de moda de Nova York, anunciou sua saída do evento e a criação de uma nova semana, que acontecerá simultaneamente, entre os dias 10 e 17 de setembro.
A empresa firmou parceria com o Milk Studios, no bairro Meatpacking District, e batizou o evento de MAC at Milk. A semana já conta com diversos nomes no line-up como Alexander Wang, que acaba de ser aceito no Council of Fashion Designers of America, Proenza Schouler e Erin Fetherson.
John Demsey, presidente do grupo Estée Lauder, do qual a MAC faz parte, explicou que a ideia era criar um evento para abrigar novos estilistas e nomes internacionais, já que são marcas que precisam de mais apoio. Por apoio, entenda-se o fato de o MAC for Milk ser um evento mais barato para as grifes. Por exemplo, o uso do espaço para os desfiles não será cobrado. Estima-se que para realizar um desfile no Bryant Park, local que sedia pela última vez a semana de moda de Nova York, o investimento necessário seja superior a US$ 25 mil. A próxima edição, em fevereiro, será no Lincoln Center, no Lower East Side.
Outra diferença será o tamanho do MAC at Milk, que deve reunir no máximo 30 grifes, enquanto a Mercedes-Benz Fashion Week abriga mais de 60 apresentações.
Segundo o presidente da Estée Lauder, o evento está sendo discutido com o Council of Fashion Designers of America, entidade que reúne marcas americanas ou que tem sua sede no país, e que fará parte do calendário oficial da moda na cidade.
A marca Maybelline substitui a MAC como patrocinadora da Mercedes-Benz Fashion Week.”

Eu acho bacana pois essa medida vai renovar o senso estético, já que as portas estão abertas a novos estilistas com preço mais accessíveis ao consumidor final. Só espero que continue assim e não acabe virando uma “máfia”, depois do terceiro ou quarto evento. Para quem está em NY, fica a dica! Mac for Milk promete ser um evento pra lá de alternativo.

4 de ago. de 2009

LinkNinja: feedback do dia dos amigos!

O meu amigo Rodrigo, preguiçoso estudioso de mão cheia, nos inscreveu em uma promoção bem legal do LinkNinja. A promoção, em conjunto com a SambaClub, era criar uma frase criativa felicitando seu amigo pelo Dia do Amigo (que foi dia 20/07). E ele muito espertamente me indicou pra ganhar também!!! :D

Foi a primeira promoção que participei. Sou pouco criativa para frases mirabolantes, mas decidi participar também, assim teríamos duas chances. Depois de contar os dias no calendário, super ansiosa, eis que veio o resultado e…. ganhamos!

Achei legal e bem difícil a escolha pela estampa da SambaClub. Já a conhecia por uns mercados alternativos que frequento aqui no Rio, conhecia algumas estampas e a qualidade da blusa, mas nunca me atentei pros detalhes.

Assim que meu pacotinho chegou, fui correndo na portaria pegar. Olha o carinho que veio!


Assim que chegou, fechadinho!


Embrulhado e com carta para o cliente!


A blusa (assumindo que somos #nerds).

  
O adesivo pra cativar o cliente, eu e meus passarinhos!!!

Pois é… O que mais gostei (além da embalagem e do carinho), foi a conscientização que tem. A cartinha veio em papel reciclado, assim como há algumas estampas sobre a conscientização ambiental. Além de serem atenciosos, fotos e enviar rápido a encomenda , claro! Eu indico!

3 de ago. de 2009

Novo acessório LV

Para as fasionistas de plantão que têm loucura , chegou uma novidade inesperada. A marca francesa Louis Vuitton lança mais um lindinho produto para coleção (eu jamais usaria para comer): Hashis!

  

A caixinha – feita de madeira jacarandá e marchetaria – vem com 2 pares de hashis, com os elegantes monogramas marcados. Além disso, vem com aEu não ia me importar de comer meus sushis com um desses, vc iria? Tá barato – por ser um produto LV –: US$ 450!

Coca Cola Summer

Mais uma vez a Coca Cola inovou. Quem passa o verão na terrinha do Tio Sam e da Rainha Elisabeth pode ver de perto as embalagens comemorativas à essa estação do ano.

As novas embalagens lançadas pela Coca Cola fazem parte de uma edição limitada desenvolvida para a temporada de sol. Tanto é que os novos designs remete  às atividades e acessórios típicos desta estação. São pranchas de surfe, churrasqueira, óculos de sol, bola de praia e em comemoração ao dia 4 de julho. Boa para qualquer colecionador. Dá uma olhada:

O design foi desenvolvido por Turner Duckworth. Como merchandising, foi criado camisas, bonés, toalhas de praia, além de embalagem (pacote) própria e displays, numa campanha integrada em colaboração de Wieden+Kennedy e a Coca Cola, entitulada de  “Time de Excelência Criativa Norte Americana”.

Daria quase tudo por uma dessas, já que sou uma cocaholic!!!

A diversão levada a sério: “Da lama ao caos”, 15 anos!

“Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.” (Fred Zero Quatro, Mundo Livre S/A, 1994 - “Manguebeat: utopia revisitada”)

Uma das repercurssoras do movimento Manguebeat, a banda recifense NAÇÃO ZUMBI lançou seu primeiro cd, entitulado de "Da Lama ao Caos", em abril de 1994. O lançamento deste CD tirou Recife do mapa e o trouxe para o mundo, a fim de provar que nem todo batuque é samba e os caranguejos têm cérebro.

  Com batuque grave e enérgico, ouvia-se, abrindo com o verso “modernizar o passado é uma evolução musical”, a voz de Chico Science, o discurso não-vazio do manguebeat. O álbum de estreia de Chico Science e Nação Zumbi modernizava o passado e anunciava o futuro metaforizando a lama do mangue como a revolução que todos esperavam, mas ninguém sabia como fazer acontecer. E hoje, 15 anos após o seu lançamento, a música brasileira se divide em antes e pós manguebeat. “Da Lama Ao Caos” além de ser o primeiro álbum do grupo, fez parte de grito dado nos anos 90, juntando novas tecnologias – visíveis na capa do álbum - com samplers e elementos de percussão, foi distribuindo a cultura nordestina em cada verso aliado a um movimento utópico, com importância grandiosa da divulgação da cultura nordestina para o Brasil. O álbum foi o primeiro de qualquer banda da Cena do Mangue. Antes de qualquer rotulação, escrever sobre todas as bandas desse cenário merece uma leitura rigorosa para entender que o movimento é mais que utópico e musical. De acordo com o atual vocalista Jorge du Peixe, o principal é entender o manguebeat como um movimento tal qual o da Bossa Nova e Tropicália, livre de amarras, cartilhas ou intenções pré estabelecidas.

O movimento do mangue – ou caranguejos com cérebro- , era mais que um som, uma mistura musical ou um ritmo, foi o estopim de uma significativa mudança de comportamento. A juventude passou a valorizar mais a cultura pernambucana e, principalmente, a tomar consciência de que não precisava esperar o Estado ou iniciativas importadas do eixo Sul-Sudeste para fazer acontecer, para criar seus próprios caminhos de expressão cultural. Naquele solo árido do período pré-mangue, onde a juventude tinha poucas oportunidades de cultura e lazer, um sentimento cresceu: “eu posso fazer, eu preciso fazer e Pernambuco tem a matéria prima de que preciso para realizar algo diferente”. Os caranguejos com cérebro começaram a se multiplicar e iniciativas foram se ramificando na música, no design, na moda, no cinema e no vídeo. A movimentação criada pelo manguebeat pipocou e significou novas oportunidades para artistas e técnicos de toda área cultural .

Em comemoração deste marco histórico de seus 15 anos de lançamento, a banda Nação Zumbi foi parar na interiorana Garanhuns, PE, com um show especial mostrando a releitura do “marco zero” de sua história, com convidados que fizeram parte da vida da banda, como Mundo Livre S/A, Ira! e Arnaldo Antunes. Esse show serviu para confirmar o álbum “Da Lama ao Caos” como espinha dorsal do movimento manguebeat, mostrando que mesmo com o tempo passando, a superação da morte prematura de seu ex líder Chico Science(1997) não só foi completamente superada, como também renovado seu conceito estético e se tornado uma das mais importantes e influentes bandas do país. Em entrevista Jorge afirma que, apesar de estar sem Chico, tudo continua fluindo de maneira leve e estético-sonoro como quando construído em conjunto com o ex-líder e que apesar das expectativas e rotulagens sobre todos os lançamentos, tudo é feito muito leve, sem voos altos, com os pés no chão e afirmando cada vez mais a cultura brasileira mundo a fora .

Com o histórico álbum “Da Lama ao Caos” debutando, a gravadora Sony Music colocou nas prateleiras uma edição de luxo, caracterizada como “Meu Primeiro CD”, com dois presentes: um LP original com áudio remasterizado nos E.U.A. e o CD original, e sai pela bagatela de R$150. O preço salgado agrega valor sentimental. Lucio Maia, guitarrista da Nação Zumbi, diz “Ali estão as ideias de anos de expectativa por uma consolidação profissional. Tudo aconteceu da melhor maneira possível. Não imaginávamos que um dia o álbum seria tão importante para a música brasileira. Mudamos o conceito de ‘MPB é uma m..., o negócio é imitar gringo’. ‘Da lama ao caos’ é o primeiro e mais importante disco de nossa carreira.”.

Não há melhor forma de fechar este artigo, sem ser pelas frases do senhor Arthur Dapieve, crítico musical:

‘Da lama ao caos’ foi uma espécie de ovo de Colombo. Muitas bandas de rock das décadas anteriores - sobretudo Mutantes, Paralamas e Titãs, mas até Legião Urbana e Engenheiros do Hawaii - tinham feito tentativas mais ou menos bem sucedidas de eliminar as contradições, ou supostas contradições, entre rock e música popular brasileira. Mas foi o Chico Science quem botou o ovo em pé, com a autoridade proporcionada pelo seu sotaque pernambucano e pela sua profunda imersão nos gêneros regionais, como o maracatu, o forró e o frevo. Tudo fundido com punk rock e soul!
Para mim, isso foi, além de uma delícia de escutar, um alívio de pensar. Porque, como tinha dito a Rita Lee, roqueiro brasileiro sempre tinha tido cara de bandido, significando com isso que soava como uma heresia antipatriótica apreciar o pop-rock anglo-americano por aqui. Ainda hoje, para você ter uma ideia, tem gente que às vezes diz que eu não escrevo "sobre música brasileira". Ah, é? O rock brasileiro dos anos 80 e o Renato Russo não são livros sobre música brasileira?! Mas espero que ninguém seja tão surdo e bitolado a ponto de achar que o que o Nação Zumbi e toda aquela galera de Recife fez não seja música brasileira... Muito brasileira, inclusive, na voracidade antropofágica que digeriu de tudo.”

E para você que me lê, que mudou na sua vida depois de “Da Lama ao Caos”?